FEI AJUDA POPULAÇÃO INDÍGENA EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

A Fundação Estadual do Índio (FEI), entidade ligada ao governo do estado, continua com as atividades de assistência aos indígenas do estado. Nos últimos 10 dias uma equipe está na mesorregião do Alto Solimões, onde vivem aproximadamente 70 mil índios, mais precisamente entre os municípios de Santo Antônio do Içá (SAI) e São Paulo de Olivença (SPO).

No total foram enviadas quatro mil cestas básicas. Pelo menos 600 famílias das etnias Kambéba, Kokama e Ticuna serão beneficiadas com os alimentos e kits de prevenção ao coronavírus. O destino final é a cidade Atalaia do Norte, próxima a Benjamin Constant e Tabatinga, na fronteira do Brasil com a Colômbia e Peru. Índios de diversas etnias, devem ser atendidos, principalmente os Ticúnas e a quantidade de beneficiados deve dobrar.

De acordo com o presidente da FEI, o trabalho de apoio aos índios é tão importante quanto o de prevenção à doenças, visto que não adianta apenas proteger os ´parentes´. “Temos que alimentar essas pessoas. Tem crianças, tem idosos. Eles não fizeram nada para estarem nessa situação, não podem trabalhar e precisam comer”, afirma Edivaldo Mundurucu, presidente da FEI.

O encontro da equipe da FEI é marcado por alegria e agradecimentos. O responsável pela expedição de entrega das cestas é Fabrício Correa, gerente do departamento técnico da fundação. “Estamos fazendo nosso trabalho e sendo remunerados, mas o sentimento de gratidão que sentimos nessas famílias é e sempre será inesquecível. A vida no interior do Amazonas é difícil, ainda mais sem poder trabalhar. Vamos ajudar o máximo possível essas famílias”, afirmou Fabrício.

Como sempre a questão logística é o maior desafio para as ações, não apenas da FEI, mas de todos que tem a inciativa de irem a todos os municípios do Amazonas. Por isso, de acordo com o Diretor Administrativo da fundação, o planejamento começou nos primeiros dias do distanciamento social por causa do coronavírus. “Não é apenas a distância que precisamos vencer, mas o regime das águas, o clima e também as particularidades de cada comunidade. Então foi um trabalho que envolveu toda a nossa instituição e que graças a Deus está dando certo”, finalizou Francisco Weslley.

Fotos: Fabrício Corrêa/FEI

Fontes: http://oajuricaba.com.br/