INDÍGENAS DO ALTO SOLIMÕES E ALTO RIO NEGRO AMPARADOS PELA FEI

A Fundação Estadual do índio (FEI), em parceria com Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Grupo Missionário Vale da Amazônia e Governo do Amazonas, chega ao fim do mês de maio com analises positivas sobre as ações desenvolvidas, missões humanitárias, aos povos indígenas do Alto Solimões e Alto Rio Negro. Mais de oito mil cestas básicas e kits de prevenção ao coronavírus foram entregues, beneficiando pelo menos 60 comunidades e mais de 25 mil índios.

No Alto Solimões, o trabalho foi feito em 25 dias. Ao todo foram atendidas 45 comunidades indígenas em nove municípios da região (Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí, Santo Antônio do Iça, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Tonantins), onde estima-se que vivam aproximadamente 75 mil índios, de 18 povos distintos, distribuídos em 350 comunidades/aldeias.

Para o servidor, Fabrício Corrêa, encarregado pelas entregas, o atendimento aos índios nas regiões mais distantes, retrata a preocupação que o Governo do Amazonas tem com essa população e também o quanto é importante a missão da FEI. “Saber como vivem e as dificuldades que eles enfrentam, só indo e vendo, nos locais. Os índios enfrentam muitas dificuldades nessas regiões, principalmente quando são impedidos de trabalhar”, concluiu Corrêa.

Alto Rio Negro – Duas mil cestas básicas, cinco mil máscaras e mil litros de álcool em gel, foram enviados às famílias de 26 etnias indígenas de São Gabriel da Cachoeira (município distante 852 quilômetros de Manaus). Os produtos foram entregues pela FEI e contou com apoio da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Negro (DSEI-ARN).

De acordo com o presidente do FOIRN, Marivelton Baré, o complemento alimentar irá ajudar os indígenas a permanecerem em suas aldeias. “Nossos agradecimentos ao Governador Wilson Lima e ao presidente da FEI, ‘parente’ Edivaldo Munduruku por esse apoio as comunidade indígenas. Essas cestas se tornarão parte importante na alimentação dessas pessoas e evitará que eles se desloquem para a cidade, impedindo assim a propagação do coronavírus entre eles”, finalizou Baré.

Sobre a região – Cabeça do Cachorro, que compreende os municípios de São Gabriel da Cachoeira e um trecho do município de Santa Isabel, ambas as cidades localizadas na margem esquerda do Rio Negro. Embora com muitos anos de contato com a população não índia, os habitantes desta região são majoritariamente indígenas, e permanecem identificando-se como tal.

São Gabriel da Cachoeira, cidade com maior predominância de indígenas no Brasil, é habitada por 23 povos distintos, onde se fala além do português, o Tukano, O Nheengatu e o Baniwa. O município tem cinco terras indígenas demarcadas: Alto Rio Negro, Médio Rio Negro I, Médio Rio Negro II, Apapóris e Tea. “Quem mora na cidade tem mais recursos do que os que vivem nesses locais de difícil acesso. E mesmo sendo isolados, o coronavírus ameaçou a todos. Então nossa ajuda humanitária é uma necessidade constante deles e nós da FEI vamos nos esforçar para atender o máximo possível. Já estamos nos programando para outras ações”, enfatizou o diretor administrativo da fundação, Francisco Weslley.

Fotos: Divulgação/FEI.

Com informações do site: https://www.oarautodadiversidade.com